Na Chácara Linquinda, do associado Marinus Teunis Hagen Filho, lavoura, pecuária de leite e suinocultura são mantidas em conjunto, garantindo mais estabilidade ao produtor, que ama o que faz e não se vê em outra profissão.
Marinusencontrou na diversificação uma oportunidade. “Atuando nos três segmentos fico mais tranquilo, por saber que quando um mercado estiver em baixa, tenho outras garantias a meu favor, em cenários diferentes”, afirma.
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A pecuária de leite também traz uma dinâmica interessante à propriedade. Depois de passar por uma fase difícil em 2009 o produtor não se deixou abater, São 43 vacas em lactação atualmente e diz que continuam os investimentos na produção de leite.
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A lavoura, área que recebe mais atenção do produtor, é modelo. Nela são aplicados tempo e dinheiro. “Gosto muito da agricultura e me dedico bastante. Estou sempre buscando novas informações, atualização, e não deixo de investir em maquinário e novas tecnologias”, conta o produtor, que analisa com cuidado as orientações da assistência técnica e discute todas as opções antes de colocar em prática. “Assim me sinto mais seguro. Não gosto de arriscar quando o assunto é a minha plantação”, reforça.
Na área de 250 hectares as principais culturas são a soja, o milho e o trigo, além da produção de feno para venda e alimentação do seu plantel. Parte da área também é dedicada à produção de sementes para a Capal, uma parceria que exige rigor no manejo e nas técnicas agrícolas indicadas pelos agrônomos.
Do fundo da propriedade o associado enxerga a Cooperativa que com orgulho ajuda a construir. Ele também fala sobre a importância desta parceria para os produtores.
“Sem a Cooperativa o trabalho do produtor rural é muito mais difícil. Como diz o ditado, a união faz a força e eu acredito nisso”.
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Na suinocultura o produtor investe desde 2009. Aproveitando uma estrutura existente na propriedade, fez adequações e optou por trabalhar somente na terminação. Segundo ele, o frigorífico da intercooperaçãotraz ânimo ao suinocultor e ele enxerga como promissor o segmento.
Para Gustavo Borba, agrônomo da Capal que presta assistência na propriedade, a dedicação de Marinusé exemplo. “Percebo o interesse do produtor em seguir as orientações e proceder da maneira correta, buscando sempre melhores resultados mesmo com as dificuldades enfrentadas. Como corpo técnico da Cooperativa, temos a missão de trabalhar sempre junto ao produtor, ajudando-o a se manter na atividade, e quando conseguimos essa reciprocidade, alcançamos esse objetivo”, diz.
Questionado sobre os desafios do agronegócio, Marinusse mostra realista, mas não desanimado. “Acredito que ainda enfrentaremos dificuldades que nem conhecemos. Ainda aparecerão outras pragas e doenças e teremos que continuar sempre nos adaptando e combatendo. As poucas e frágeis barreiras do nosso país também nos deixam expostos a uma infinidade de problemas, mas não devemos desanimar. O produtor rural precisa se manter na atividade”, diz.
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